22 de julho de 2013

INTERRACIAL - SEXO, RAÇA E PRECONCEITO



Desde pequeno eu tenho uma imagem hipersexualidada dos negros na publicidade, incluindo aí a que se faz nas novelas e filmes. Foi no ano de 93 que aconteceu a primeira reunião mundial para discutir a ecologia e eu pude ver o que era um negro estrangeiro. Geralmente estão vestidos de acordo com sua cultura, seja a índiana, africama, mulçumana ou americana. E fiquei admirado com aquela alteridade fashion. Porque a cor da pele eu já conhecia.



Recentemente eu conversei com alguns amigos sobre a representação dos negros e um deles me disse que o cabelo dele estava crescendo e quando estivesse grande o suficiente seria trançado. Achei ótimo, faria no meu também. Ao falar sobre um outro homem negro, referiu-se a ele como "branco demais". Algo como a imagem abaixo, pensei ao ouvir a descrição.


Sempre achei que Carlinhos Brown fosse uma fantasia de palco e que qualquer pessoa que o imitasse na indumentária seria também uma pessoa fantasiada e não uma pessoa vestida. Mas tudo é uma questão de auto-imagem. Tem gente que se tatua, tem outros que não e isso não tem a ver com o tom de pele.

O vocalista das bandas sepultura e O Rappa são negros e usam cabelos dread. Obama e Heraldo Pereira tem cabelos raspados. Mas a raça, a cor e a descendência africana são as mesma independente do fenótipo. As profissões são diferentes e talvez seja esse o norteador da aparência. Racismo é não ter médico negro, por exemplo.


Um outro amigo, me falou que a presença dos negros em filmes sadomasoquistas era muito pequena porque a estética da tortura é nazista. Acrescentei que os poucos que ali haviam não eram encarados como pessoas e sim como aparelhos de tortura móveis assim como os demais objetos usados para provocar dor.

Entrei em um grupo de debates no Facebook sobre a beleza dos negros e postei um vídeo conhecido de um professor de colégio particular que dançava "Show das Poderosas" da cantora Anita. O primeiro comentário foi "palhaçada". Esse mesmo professor, de nome Raul Azevedo foi notícia em jornais Brasil afora, fotografou e filmou com a cantora e tem fâ clube na rede. Mas alguns negros não se sentiram representados.



Pensei em pedir ajuda para outro amigo, afim de compreender a rejeição. Tomei o cuidado de perguntar qual era a cor dele, a qual raça ele pertencia (nunca havíamos conversado a respeito). Ele me respondeu que era moreno. Achei que ele tivesse algum problema de visão como miopia ou astigmatismo e refiz a pergunta. Dessa vez queria saber de que cor eu era. A resposta foi "branco". Confiram na imagem abaixo se sou branco, pardo ou negro:


Quando perguntei pro primeiro dessa lista se ele acreditava que o negro na pornografia faz sexo violento, ele me respondeu que sim. Existe uma agressividade intrínseca ao tom de pele mais escuro e maior pacificidade no tom de pele mais claro. Com exceção do sadomasoquismo. Questionei o motivo e a resposta foi certeira: o mercado consome esse tipo de produto e por isso ele é mais fabricado. Foi quando eu consegui entender a questão do racismo no meio erótico.

Negros são instrumentos de tortura porque sempre tem enormes pênis e precisam se exibir hipersexualizados para poder romper a barreira da cor e conseguir trabalho. Por isso mesmo que negro no blog é cotista. Tantas são as representações negativas q fica difícil faze um post inteiro.


Acabei encontrando um vídeo onde o cara é negro, tem rola de tamanho padrão porno, é ativo mas não é sadico, transa com um branco que não tem micropênis, faz o tipo carinhoso/romântico, e sabe arrancar gemidos de verdade. vocês vão reparar que no começo do vídeo o rapaz branco até ensaia uma performasse, mas o negro esta querendo parecer o mais natural possível. Isso seria considerado "branco demais" para algumas pessoas do movimento. Inclusive quando o branquinho faz oral, olha pra cima esperando uma mega enterrada na garganta mas o neguinho não tem intenção de usar força, apesar de ser forte.

Esse é o cara ideal para ter na cama. Aquele que mantém a ameaça, a tenção constante mas não machuca, não ofende, não bate, não força, não quer nada além de prazer. A não ser q você peça. É o cara que eu tento ser. Esse cara sou eu. Bom filme.





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